No livro Business Process Management: The Third Wave – Peter Fingar e Howard Smith  (2003) escreveram a frase: “Don’t bridge the business-IT divide, obliterate it ” que basicamente queria dizer para não criar uma ponte entre o negócio e a TI, e sim, eliminá-la.

Eliminar esta ponte entre o negócio e a TI é uma tarefa bastante árdua, não só por questões de perfil e outras de origem cultural, mas uma diferente forma de “enxergar” o sistema.

Se observarmos a transição de uma organização para o gerenciamento por processos de negócio, as implicações para os profissionais de TI são profundas, pois as empresas não querem mais TI, elas querem resultados de negócio. E adotando a gestão por processos, elas precisarão de TI mais do que nunca, porém esta contribuição será de natureza bem diferente da tradicional.

Para que o gerenciamento por processos de negócios da empresa ocorra, uma visão geral do sistema é necessária, e não mais as ferramentas do marketing, jurídico, financeiros e outras áreas funcionais da organização. A nova empresa monitorada em tempo real e gerenciada por processos, exige inovação e a disciplina de uma nova geração de profissionais de TI à medida que a mudança de paradigma do processo ocorra. Não é mais a Casa de Software de tempos atrás, e as habilidades de gerenciamento por processos de negócios de agora, superam habilidades técnicas de ontem.

Em uma visão simplista, o que está acontecendo é basicamente mais uma evolução do nível de abstração que os profissionais de TI terão de alcançar.

Se pensarmos na evolução da programação, no início se conectavam cabos e tomadas, então veio a programação com o uso de símbolos, e posteriormente linguagem de máquina (assembly). Daí veio as linguagens C, COBOL, e finalmente o paradigma da orientação a objetos C++. Então vieram os componentes, api’s, web services… e a cada evolução nesta abstração do mundo real surgiam novos programadores, analistas de sistemas, arquitetos e engenheiros de software. E em cada uma dessas fases, alguns profissionais não se adequavam a esses novos níveis de abstração e ficavam pelo caminho.

Podemos então perceber cada etapa como um passo a mais para a mudança de uma abstração de máquina, para uma abstração do negócio, tornando o gerenciamento por processos de negócio um salto para o domínio do negócio como a principal abstração no desenvolvimento de software.

Categorias: BPM

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